Aliada de Berg Lima, a prefeita Luciene de Fofinho ganhou, mas não levou. Após usar e abusar da máquina pública, Fofinha é alvo de 6 AIJES’s (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), sendo duas delas de autoria do Ministério Público, e justamente as mais fortes.
Ciente da sua delicada situação, a prefeita mal comemorou a vitória. E com razão. Ela sabe que a cassação em primeira instância é uma questão de meses, devendo ocorrer no primeiro semestre de 2021. As provas são fartas, evidenciando que Fofinha abusou do poder econômico.
Na ação mais forte de todas, a prefeita de Bayeux é acusada de realizar contratação de funcionários durante o período eleitoral. Na gestão de Luciene, Bayeux teve a maior folha de pessoal da sua história, praticamente dobrando a quantidade de cargos em comissão após a saída do ex-prefeito interino Jeferson Kita:

Diz um trecho da AIJE do Ministério Público:
“Percebe-se que em agosto o município contava com 288 servidores comissionados. A remuneração destes servidores orçou em R$ 462.481,09. Já em setembro, o número destes servidores aumentou para 410 com remuneração calculada em R$ 830.530,35. Foi a maior folha de pagamento de cargos comissionados da história de Bayeux. Um aumento equivalente a 42,36%”.
O mais interessante é que após a eleição, Fofinha demitiu todos os comissionados da prefeitura. Ou seja, passou recibo e comprovou que a contratação desse exército de cabos eleitorais foi motivada pela eleição.
Na outra Aije, também no Ministério Público, a prefeita de Bayeux é investigada por utilizar ações da secretaria de Saúde em benefício de sua campanha. O MP destaca um fato curioso que foi denunciado pelo blog; o secretário de Saúde é um vereador do Sertão do estado.
Nesta AIJE, Luciene é investigada pela contratação de um tomógrafo à empresa CLINDIMAGEM CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM LTDA, ao valor de R$ 404.289,98 (quatrocentos e quatro mil, duzentos e oitenta e nove reais e noventa e oito centavos). Bem como a compra de 6.000 (seis mil) testes rápidos para Covid-19 por R$ 252.000,00 (duzentos e cinquenta e dois mil reais) e mais 13.050 (treze mil e cinquenta) testes rápidos, também adquiridos pelo poder público municipal, inclusive com “arrebanhamento” de “pacientes” a
serem testados, até nas esquinas, gerando aglomeração.
O MP também investiga a contratação da empresa M&D SERVIÇOS DE LOCAÇÕES E PRODUÇÕES EIRELI, CNPJ 03.781.322/0001-03 para montagem de Hospitais de Campanha que já estariam em desuso face ao tempo da pandemia e por um valor totalmente fora da realidade, onde o valor de mercado deveria ser de aproximadamente R$ 180.000,00, porém a gestão o fez pelo montante exagero de R$ 394.650,00 (trezentos e noventa e quatro mil, seiscentos e cinquenta reais).
Por fim, a prefeita também contratou de forma suspeita, ao custo de R$ 583 mil, uma empresa de Pernambuco para realizar o serviço de sanitização das escolas que estão fechadas há 8 meses.
Os atos praticados por Luciene de Fofinho já cassaram inúmeros prefeitos pelo Brasil, inclusive Expedito Pereira, que se tornou inelegível por realizar contratação de pessoal em período vedado pela legislação eleitoral.