Camila Toscano, trabalhe mais e converse menos

Recentemente a deputada estadual Camila Toscano acusou o Polítika e o instituto Datavox de manipular uma pesquisa de opinião que perguntou ao guarabirense quem era o deputado(a) mais atuante da cidade.

 

Como o resultado foi desfavorável à parlamentar, ela preferiu desqualificar a pesquisa.

Talvez a deputada não entenda o básico de metodologia de pesquisa quantitativa – e certamente não entende mesmo -, porque se tivesse o mínimo de conhecimento saberia que pesquisa quanti não é censo, e que o fato de nenhum correligionário da deputada ter sido entrevistado não invalida o levantamento.

Uma pesquisa quantitativa trabalha com uma pequena amostra representativa da população em estudo, estratificada com alocação proporcional à população de cada estrato.

Sendo mais didático para que a deputada entenda direitinho, imagine um exame de sangue; ninguém precisa tirar todo o sangue do corpo para fazer a análise. Basta uma AMOSTRA. A mesma coisa para saber se um caldeirão de sopa está bom de sal; não precisa tomar toda a sopa, basta mexer bem e experimentar uma AMOSTRA.

Então é bem provável que numa cidade com quase 60 mil habitantes, diversas pesquisas com 400 entrevistas sejam realizadas e a deputada sequer tenha conhecimento. Até porque, de fato, nem em Guarabira ela mora.

A maneira como Camila Toscano criticou o resultado da pesquisa Datavox evidencia sua falta de conhecimento com questões básicas da política. Coisa de quem tem uma cognição fundada no senso comum, no conhecimento vulgar.

Se o resultado da pesquisa não agradou a deputada, eu tenho um conselho: trabalhe. Mas trabalhe de verdade e faça valer seu salário de quase R$ 30 mil. Porque é público e notório que Camila Toscano desempenha um mandato sofrível na Assembleia Legislativa, sem projetos de lei relevantes e sequer consegue fiscalizar o governo do qual faz oposição, muita vezes entrando muda e saindo calada do plenário.

Um mandato que se resume a comentar obviedades da Operação Calvário e não consegue pautar nada de relevante na política estadual.

A disparidade no resultado da pesquisa que perguntou quem é o deputado(a) mais atuante de Guarabira só não foi maior porque muita gente – infelizmente – ainda opina à base do cabresto, e não com a consciência.

Se fossemos fazer uma analogia da atuação de ambos, é como se a deputada fosse o Brasil e Raniery Paulino a Alemanha no constrangedor 7×1 da final da Copa de 2014.

E se a deputada resolver trabalhar de verdade, sugiro que ela comece pela Saúde e Educação do seu município, porque a avaliação da gestão municipal está de mal a pior:

Como você avalia a EDUCAÇÃO PÚBLICA do município de Guarabira? Você diria que ela está sendo: Ótima, Boa, Regular, Ruim ou Péssima?

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