Com quase 80 mil eleitores, Bayeux conseguirá eleger um deputado estadual em 2018?

Todas as grandes cidades da Paraíba conseguem eleger no mínimo um deputado estadual. Patos, Guarabira, Sousa, Pombal e Cajazeiras são exemplos. Até Santa Rita elegeu um deputado, muito ruim por sinal, mas elegeu. Só Bayeux que não consegue emplacar um representante na Assembleia Legislativa.

Expedito Pereira e outros políticos assumiram a titularidade por poucos meses, mas não contam como deputados eleitos.

Sabemos que a proximidade com João Pessoa facilita a entrada de candidatos de fora, mas são quase 80 mil eleitores em jogo. E dependendo da coligação, é possível conquistar uma vaga no parlamento estadual como apenas 13 mil votos, a exemplo de João Bosco Carneiro, deputado da pequenina Alagoa Grande.

O grande problema de Bayeux não está apenas na proximidade com João Pessoa, mas na autoestima do povo de Bayeux; destruída ao longo de décadas por uma classe política que vive do assistencialismo, vereadores apaixonados pelo governo e prefeitos incompetentes, acomodados e sem criatividade.

O sentimento de pertencimento não existe mais e a população de Bayeux não se sente como parte de algo maior. É como se a cidade fosse mais um bairro de João Pessoa.

O desafio dos pré-candidatos de 2018 é despertar este sentimento de pertencimento e resgatar a autoestima de um povo que social e culturalmente não tem apego ao regional, mas não tem culpa. A culpa é da classe política que não desenvolveu a cidade e não despertou a valorização da comunidade.

Se um povo tem orgulho do lugar onde mora, ele luta para que fique melhor, conserva e valoriza, inclusive, a sua classe política. Vejamos o exemplo de Campina Grande e o fenômeno eleitoral do campinismo!

Bayeux tem tamanho e necessita de um deputado estadual.

Mas poucos candidatos saberão conquistar corações e mentes de um eleitorado descrente na política.

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