EXCLUSIVO: Mais novo marajá do Brasil, Ricardo Coutinho está recebendo quase R$ 70 mil por mês dos cofres públicos

De acordo com documentos enviados por uma fonte do Congresso, o ex-governador Ricardo Coutinho está recebendo um salário que varia de R$ 31 mil a R$ 33 mil do diretório nacional do PSB. Somando com os R$ 23.500 da pensão de ex-governador (considerada ilegal pelo STF) e a aposentadoria da UFPB, o Mago estaria embolsando quase R$ 70 mil por mês dos cofres públicos, uma vez que o dinheiro do PSB vem do famigerado fundo partidário.

O que mais chama atenção é que o salário de marajá não combina com o discurso republicano de Ricardo Coutinho, principalmente na Paraíba – um dos estados mais pobres do Brasil – mas que todo mês paga uma pensão ilegal no valor de R$ 23.500:

No dia 17 de outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, por unanimidade, o pagamento de pensões a ex-governadores da Paraíba. Mas de acordo com o portal do TCE, Ricardo Coutinho continua recebendo a mamata nada republicana.

Poderia ter seguido o exemplo do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), que tinha direito a quase R$ 80 mil em pensões, mas recusou todas por considerar imoral.

Por telefone, o Polítika entrou em contato com a assessoria de imprensa do diretório nacional do PSB, que solicitou um e-mail com o pedido de informação. No entanto, o blog não obteve resposta da assessoria, mesmo insistindo mais de uma vez. E como quem cala consente…

O blog também entrou em contato com o ex-governador Ricardo Coutinho, mas ele não atende ligações e o WhatsApp está bloqueado:

O pagamento de mega-salários a dirigentes partidários é uma prática muito comum no Brasil, porém, imoral, já que vivemos num país pobre, com acentuada desigualdade social e média salarial pouco superior a um salário mínimo.

Em junho de 2018, o Estadão fez um levantamento sobre os salários pagos aos dirigentes com dinheiro público:

Presidentes e dirigentes partidários recebem das legendas salários que chegam a R$ 27,5 mil por mês. Os dados constam nas prestações de conta dos partidos, referentes ao ano passado, enviadas à Justiça Eleitoral. Esse valor é superior, por exemplo, aos vencimentos de governadores, como o de São Paulo – R$ 22,3 mil por mês. 

Levantamento feito pelo Estado nas contas de 35 partidos aponta que 12 legendas pagaram vencimentos a seus dirigentes no ano passado que variaram entre R$ 27,5 mil – caso do nanico PRP – e R$ 4,1 mil, como o PCB.

Em abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou, por maioria de votos, que os dirigentes podem ser pagos com verbas do Fundo Partidário, sem que haja necessidade de comprovação das atividades desempenhadas nas siglas.

 

 

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