Mario Frias contrata sem licitação por R$ 3,6 milhões empresa paraibana sem funcionários e com sede em caixa postal

A Secretaria da Cultura, sob a gestão de Mario Frias (foto), contratou sem licitação uma empresa sem funcionários e sediada em uma caixa postal dentro de um escritório virtual por R$ 3,8 milhões, diz O Globo.

A Construtora Imperial Eireli, da Paraíba, deverá prestar serviços de conservação e manutenção do Centro Técnico Audiovisual. O edifício da União reúne relíquias do cinema nacional em Benfica, na zona norte do Rio.

Um estudo técnico feito em agosto, encomendado pelo próprio CTAv, apontou risco de incêndio e desabamento de parte da estrutura. O documento ressalta que há “desaprumo de telhas na fachada frontal”, que pode cair a qualquer momento.

A empreiteira, fundada em 2019, pertence a Danielle Nunes de Araújo, que recebeu auxílio emergencial do governo por oito meses.

A contratação foi assinada por Frias em novembro, por meio de uma portaria. A empresa está localizada a 2.400 km do Rio de Janeiro e tem como endereço um escritório virtual especializado em fazer “gestão de correspondências”.

A O Globo, Danielle disse que costuma realizar reuniões no local para tratar de contratos. O proprietário, no entanto, afirmou não se lembrar de ter recebido presencialmente a dona ou qualquer funcionário da Imperial.

De acordo com a base de dados do Ministério da Economia, a Construtora Imperial não registrou funcionário algum em sua última declaração da Relação Anual de Informações Sociais, entregue em 2019.

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