Em março de 2019, o blog já denunciava a prática da arapongagem (espionagem) por parte da organização criminosa de Ricardo Coutinho, a ORCRIM Girassol. Agora o Ministério Público tem elementos que corroboram com a denúncia do Polítika.
Documento obtido com exclusividade pelo jornalista Anderson Soares mostra que a ORCRIM Girassol mantinha vigilância e tentava monitorar as atividades dos membros do Gaeco, responsáveis pelas investigações.
A constatação veio após busca e apreensão no escritório de Coriolano Coutinho, na 7ª fase da Operação Calvário, onde os investigadores encontraram um gráfico que faz referência a um ex-policial do Gaeco que possui relação muito próxima a uma pessoa muito ligada a Ricardo Coutinho. “A predita circunstância aponta para meios de mapeamento dos membros do Ministério Público responsável responsáveis pela presente investigação, o que é gravíssimo”, diz o trecho do documento que pede a manutenção de Coriolano na prisão.
Ainda de acordo com o MPPB, foi apreendido com Coriolano Coutinho um plano de comunicação que demonstra o uso de milícias (com a participação de polícias civis e militares), em favor da organização criminosa, para atividades de arapongagem e contrainteligência com o objetivo de produzir dossiês e documentos, fato denunciado, há tempos, pela imprensa.