OPERAÇÃO CALVÁRIO: Ex-vereador do PSB revela que assessora de Gilberto Carneiro movimentava até R$ 1 milhão de propina por semana

Em postagem no seu blog, o ex-vereador do PSB, Renato Martins, informa que a ex-assessora de Gilberto Carneiro e operadora da propina das organizações sociais, Maria Laura, operava até R$ 1 milhão por semana.

Confira:

Consistentes informações chegaram ao nosso blog por meio de fonte privilegiada. Trata-se de pessoa do círculo muito íntimo de Maria Laura, ex-comissionada vinculada a procuradoria do estado e coordenadora financeira geral das últimas campanhas girassóis, presa na última fase da Operação Calvário. A fonte, que também trabalhou diretamente com cabeça(s) do esquema na ORCRIM, revela que essa senhora, só do ângulo que lhe permitia inferir, manuseava de 500 a 1 milhão reais de propina por semana. Tendo a tarefa de se constituir como um dos dutos de abastecimento da ORCRIM Girassol. Um duto que chegava em pessoas (gestores/políticos) de forma constante. Permanentemente – não somente em períodos eleitorais onde ela se transmutava em coordenadora financeira oficial.

Essa revelação de um íntimo de Laura, de forma espontânea e possivelmente inconteste, deixa claro para todos que a tesoureira eleitoral do PSB-PB não é personagem secundária como muitos pensavam. Até de certa forma minoravam sua detenção criticando o método das autoridades a frente da Calvário; muito pelo contrário. Logo, escrutinar todos os procedimentos da mesma pode ser etapa pré-definitiva da operação, e que vai muito além do setor saúde. Ela não manuseava exclusivamente propinas da Cruz, aliás muito pouco fazia isso, ao menos não na frente desta fonte. Tratavam-se de propinas sortidas drenadas em forma de quadrilha, em diversos serviços públicos.

Talvez, através do clareamento da postura de mula qualificada dela (para usar um termo POP do momento, emprestado do general Mourão), poderemos visualizar o raio x do Modus Operandi realizado em cada secretaria, onde uma ou mais – mulas qualificadas – poderiam agir após as licitações arrumadinhas saírem pré-moldadas da central de compras (via tráfico de termos de referências?). E, ao chegarem os contratos nas repartições especificas, receptoras/executoras dos tais “serviços”, já se tinha o padrinho e seu buscador oficial elencado – e que ninguém do staff operativo menor da gestão ousasse se meter nisso – A esses ‘bilolinhas’ assalariados, socialistas incultos sem paladar para vinho, em geral PSs e semi-escalonados do jogo girassol, só lhes era dado o terror do discurso da honestidade radical, roubou rua e processos administrativos forjados; embora, todos vissem a cretinice disso com o tempo (como exemplo, basta acompanharem os espantosos relatos do baixo Staff da saúde estadual nas ações trabalhistas recaídas sobre a Cruz vermelha ainda em segredo de justiça). Maria Laura era apenas uma a mais dentre as qualificadas para o tamanho de manuseio de 500 a 1 milhão por semana. Por relatos como o dela e de Livânia, provavelmente a Calvário já extrapolou em muito os limites da saúde há tempos… Quem sabe, chegará também até o período da gestão municipal igualmente liderada pelo ex-prefeito RC, e assim saber se essa sofisticação organizativa já existia há tempos de forma pronta, ou foi evoluindo de rudimentar para elaborada e mais cínica e obscura em um processo temporal de “seleção natural” institucional deletéria… Egoísta e desligada do interesse público. Ou, como dizem alguns juristas que diferentes de Moro, tergiversam e eufemizam ante a corrupção com conceitos do tipo: “adesivando” a ação pública com o crime organizado por meio da união entre a propaganda que tenta mostrar que se cumpriu mesmo numa forma aquém o interesse publico, e nesse improvisamento “dado” aos usuários, sobrar verba e assim velcrar essas ações precárias com seus interesses privados criminosos. Os dos cabeças da ORCRIM GIRASSOL notadamente neste caso.

DÁ O QUE PENSAR:

O trabalho e a extensão do esquema é gigantesco. Demanda tempo e muita sincronia. Digo isso de forma clara. A resistência do líder dos envolvidos com suas mentiras e blefes de poder absoluto compõem sim o jogo interno de chantagens onde eventualmente “pedidos” de impunidade/morosidade podem até existir, mas não vencerão a seriedade e o caráter multi-institucional das investigações. Logo ali, as verdades, todas elas aparecerão de forma trucidadora. E espero que elas, após a decepção necessária e pedagógica que trará ao cidadão-usuário de serviços públicos, permitam o surgir de uma NOVA SAFRA DE GESTORES PÚBLICOS PARA NOSSAS POSIÇÕES CHAVES DE ORDENAMENTO DE DESPESA. Por isso, creio na democracia e seus remédios para si mesma, seu crônico problema de oportunistas ladrões bom de papo na política. E rogo que tanto as autoridades devem mostrar a verdade obscura destes caras de pau, como a população deve fazer sua parte para essa faxina funcionar ao bem das causas públicas, pois toda obra é fruto do nosso trabalho e impostos, não benção divina de políticos.

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