Pressionado pela inflação, Bolsonaro bate boca com críticos no Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não costuma achar justas as cobranças que recebe na imprensa, mas é obrigado a enfrentar as críticas em seu ambiente favorito de comunicação, as redes sociais. O mandatário jura não acreditar nas pesquisas de opinião que apontam que ele sofre crescente rejeição entre os brasileiros.

A tônica de Bolsonaro nas respostas é tentar culpar os governadores e as medidas de distanciamento social adotadas por eles para reduzir o contágio pelo coronavírus – discurso que o presidente também leva constantemente para as conversas com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.

inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada em 12 meses chegou a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016. Em 2021, o IPCA acumula alta de 5,67%, e o próprio governo já elevou a expectativa anual de 5,90% para 7,90%.

O Metrópoles colheu 68 respostas do perfil de Bolsonaro em postagens feitas na página oficial do presidente no Facebook entre a segunda quinzena de abril deste ano e o último dia 17 de setembro. A pesquisa foi limitada pela capacidade da rede social de seguir carregando postagens de datas anteriores – que não passa de seis meses.

Frases como “Quanto o seu governador cobra de ICMS?”; “Na refinaria, a gasolina está barata” e “Fique em casa, a economia a gente vê depois” formam a base do repertório de argumentos do presidente da República para lidar com a questão. Inexiste qualquer admissão de responsabilidade, tampouco o compromisso de que seu governo fará algo para reduzir a carestia.

Comentar com Facebook

Comentários

Opinião

Mais Lidas

Outras Notícias