RESUMO DA ENTREVISTA NA SANHAUÁ: Se cara de pau fosse crime, Ricardo Coutinho seria condenado à pena de morte

Já vi muito político cara de pau, tipo Maluf, Aécio Neves, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Bolsonaro, entre outros, mas Ricardo Coutinho é insuperável. Mesmo sendo grampeado pedindo propina ao delator Daniel Gomes (ex-Cruz Vermelha), o ex-presidiário disse não existir nenhuma prova contra ele na Operação Calvário.

É um misto de cara de pau, patologia e prazer pela mentira. O Sérgio Cabral da Paraíba não percebe que a casa caiu e continua fazendo da mentira uma regra, pois a verdade para RC é uma escassa exceção.

Durante entrevista à rádio Sanhuá, nesta sexta, 13, Ricardo Coutinho cumpriu à risca o script dos corruptos, acusando o judiciário de perseguição, law-fare, golpe contra a democracia, etc., e se colocando como a pessoa mais honesta do mundo.

Sobre o grampo do delator Daniel Gomes, RC teve a cara de pau de dizer que Daniel falou baixo de propósito para que ele não escutasse: “Ele estava induzindo os diálogos e falava muito baixo, e eu particularmente como você pode observar, tenho uma baixa audição e não compreendi muitas coisas“.

Pura mentira, porque em todos os áudios divulgados a voz de Daniel sempre é a mais audível. E fica claro que o corrupto estava ciente do que conversava, pois fez a seguinte pergunta a Daniel Gomes: “aquela contribuição tá sendo repassada?“:

Ricardo Coutinho também disse que não existia superfaturamento no Trauma. Mais uma mentira, pois o próprio governo João Azevedo comprovou o superfaturamento quando contratou outra organização e o custo mensal caiu de R$ 14 milhões (Cruz Vermelha) para R$ 10,2 milhões (Instituto Acqua).

Prosseguindo com o que ele sabe fazer de melhor, mentir, Ricardo negou que recebeu mesadas de R$ 360 mil de propina da Cruz Vermelha: “As pessoas são induzidas por essa rede de blogs que colocam no título uma acusação e essa acusação é distribuída por centenas de milhares de endereços de zap“, disse o ex-governador.

Como a cara de pau do ex-presidiário não tem limites, Ricardo Coutinho conseguiu se superar ainda mais e teve a coragem de insinuar que o delator da Cruz Vermelha estava armando contra ele. Uma absurda teoria da conspiração que não convence nem o apaixonado Tião Lucena:

O Daniel [Gomes] é o seguinte, Malvino, daqui a alguns anos, quando essa historia for contada de verdade, você vai ver que isso foi preparado no mínimo em 2015 e 2016, e o alvo era algumas pessoas, entre as quais eu. Eu por que? porque eu lutei contra o impeachment. Eu fui visitar duas vezes Lula em Curitiba, eu trouxe a presidente Dilma aqui dentro no Espaço Cultural“, disse RC.

Como estratégia política, por diversas vezes Ricardo Coutinho citou o ex-presidente Lula, numa tentativa clara de ludibriar a opinião pública. Mas os casos são distintos, Lula foi preso sem nenhuma prova concreta, já Ricardo Coutinho foi grampeado pedindo propina, e delatado por dois ex-secretários.

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