Quem ganha com a provável desistência de Nilvan em João Pessoa?

De acordo com a última pesquisa divulgada pelo instituto Opinião, no final de 2023, o comunicador Nilvan Ferreira possui 13,6% das intenções de votos em João Pessoa. Nilvan estaria empatado tecnicamente em 2° lugar com Ruy Carneiro (14,5%) e Luciano Cartaxo (12,3%).

É uma parcela considerável do eleitor, e que terá reflexos no cenário eleitoral caso o comunicador desista da disputa para se candidatar em Santa Rita.

Antes, é necessário ressaltar que o ex-candidato a governador possui dois tipos de eleitores: o bolsonarista e o eleitor que sempre se identificou com o comunicador no rádio e TV. Este último, mais concentrado na periferia.

Como a postura adotada por Nilvan tem sido de oposição dura ao prefeito Cícero Lucena, o mais provável é que grande parte do seu eleitor migre para uma candidatura também de oposição. Ruy Carneiro teria mais condições de canalizar esse eleitor, pois também faz uma oposição dura e está conseguindo polarizar o debate com o prefeito.

Ruy não teria a dificuldade do petista Luciano Cartaxo, por exemplo, em atrair a parcela bolsonarista do eleitor de Nilvan. E como possui boa presença nas periferias, também teria facilidade na outra parcela do eleitorado do comunicador.

Contudo, o eleitor bolsonarista poderá optar pelo ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (3%). Mas vai depender das posições tomadas pelos expoentes do bolsonarismo na Paraíba: Walber Virgolino e Cabo Gilberto.

Não acredito que Queiroga seja candidato, e se for, será engolido pela candidatura que polarizar com Cícero Lucena. É um político sem expressão, história, carisma, apelo popular, discurso, enfim.

Mais um porém. A desistência de Nilvan poderá facilitar uma vitória de Cícero Lucena já no 1° turno. Com menos candidaturas, restariam apenas dois palanques fortes na oposição; Ruy Carneiro e Luciano Cartaxo (ou Cida Ramos) pelo PT.

É perceptível que a gestão municipal deu sinas de melhoras desde o péssimo resultado eleitoral de João Azevedo na capital. E como as candidaturas de situção tendem a crescer na campanha eleitoral, uma disputa sem Nilvan poderia terminar no 1° turno.

 

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