Ex-auxiliar de Ricardo Coutinho seria pivô de esquema de corrupção no valor de meio bilhão no governo de João Dória

Segundo o portal Agora Paraná, após graves denúncias apuradas sobre uma fraude que ultrapassa R$ 500 milhões dentro do Detran-SP em um conluio que envolve a B3, quinta maior Bolsa de Valores do Mundo e a Tecnobank, empresa laranja que opera o sistema de registros de financiamento de veículos, o governador de São Paulo, João Doria, teria exonerado o susposto pivô do esquema de corrupção dentro do órgão, Maurício Alves, ex-diretor de engenharia do Detran-PB no governo de Ricardo Coutinho:

Trecho da matéria do WSCOM:

“A edição de hoje(13) do Diário Oficial do Estado traz o nome do advogado Maurício Alves foi nomeado diretor de Engenharia do Detran-PB. O cargo é o segundo posto mais alto do órgão na Capital do Estado. A nomeação está na cota do deputado Estadual Nabor Wanderley (PMDB), que está mais afinado do que nunca com o governador”.

A exoneração ocorreu após o Ministério Público de Contas emitir um parecer confirmando a existência de monopólio que prejudica diretamente cada cidadão paulistano que acaba pagando uma taxa para a Tecnobank, detentora do Monopólio que nem o Detran-SP sabe especificar o valor.

A tempestade política culminou na exoneração de Maurício Alves, peça chave para que a corrupção sistêmica funcione dentro do órgão de trânsito.

Maurício Alves atuava como uma espécie de despachante dos crimes cometidos dentro do Detran-SP pelo consórcio B3/Tecnobank, empresa comandada por Carlos Santana. Isso porque o Contran já havia apontado ilegalidades na prestação de serviços de registros pela B3 porque ela já opera o sistema de gravames e caus uma concorrência desleal.

Em São Paulo, da noite para o dia, todo o serviço realizado pela B3 começou a ser realizado pela empresa de Carlos Santana, a Tecnobank, mesmo com mais treze empresas cadastradas. Ou seja, mudou apenas o CNPJ e a fraude continuou.

Para “legalizar” o esquema, Maurício Alves foi catapultado do Detran Paraíba, onde a Tecnobank começou a atuar em 2014 com monopólio que detém até hoje. A indicação foi feita pelo cacique do PP Ciro Nogueira e pelo deputado Hugo Mota, hoje no PRB da Paraíba.

Polítika com informações do Agora Paraná

Atualizado em 14.08, às 11h28:

O diretor de veículos, no Detran São Paulo, Maurício Alves, afirma ter sido alvo de uma fakenews nessa terça (13). O patoense foi apontado como o “pivô do esquema em fraude de R$ 500 milhões em esquema da B3/Tecnobank no Detran-SP” e foi exonerado para conter a “hemorragia”.

A redação do Polêmica Paraíba entrou em contato com Maurício, que se mostrou inconformado com a situação: “Fui tomado por surpresa e indignação por essa fakenews, postada em site sem expressão ou conhecimento público, que publicou sem nenhuma chance de contraditório, ou consulta a minha pessoa”, informa. O site Agora Paraná foi o primeiro a publicar a notícia que classificou como “denúncia”.

Maurício esclarece que o parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, apontado na notícia, é referente as contas de 2017: “Só assumi este órgão neste ano de 2019”. Ainda na matéria, tentam ligar a gestão de Maurício no Detran Paraíba ao suposto esquema, que teria acontecido em 2014, mas as datas também não batem: “Estive no Detran PB em 2016 e 2017”.

O diretor do Denatran afirma que as medidas judiciais cabíveis estão sendo tomadas: “De forma absurda tentaram me responsabilizar por fatos ocorridos antes da minha nomeação a esses órgãos “.

As motivações para a divulgação de notícias caluniosas, seria um “jogo baixo, que existe nesse meio de registro de contratos e por seguir a lei a gente acaba contrariando interesses”.

Nota do Detran SP

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) informa que o registro de contratos de financiamento de veículos segue estritamente o que prevê a legislação federal de trânsito, e seus próprios normativos. A empresa B3 não atua nesse segmento no Detran.SP. O procedimento é efetuado exclusivamente por meio de empresas registradoras de contratos devidamente credenciadas. Atualmente, 11 empresas estão aptas a atuar no estado, em sistema da livre concorrência, com participação ativa e crescente a partir deste mês. Outras estão em processo de credenciamento – aberto durante todo o ano e disponível para empresas que atendam aos requisitos legais. As instituições credoras e financeiras podem escolher a empresa de sua preferência para a transmissão dos dados relativos aos contratos, não cabendo ao Detran.SP interferir em processo da esfera privada, conforme já decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Vale ressaltar, ainda, que o Detran.SP encaminhou ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal responsável por prevenir, fiscalizar e apurar abusos do poder econômico, informando sobre a atual situação desse segmento em São Paulo, e está em negociação com o Procon-SP visando a firmar parceria para atuação conjunta na defesa do consumidor. Sobre a exoneração citada, que não guarda qualquer relação com o mencionado parecer do MPC, o Detran.SP esclarece que cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração na administração pública, a fim de atender o pleno cumprimento das atribuições do órgão.

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